O Capital Inicial está de volta com o seu pop rock, só que com um tempero diferente. O novo EP (disco com até seis faixas) "Viva a Revolução" já começa com a canção "Melhor do que Ontem", mostrando uma banda disposta a evoluir. A música é destaque do CD nas rádios e vem ganhando espaço na internet com seu videoclipe. "Somos uma banda veterana, na estrada há 31 anos, e lançamos quatro discos de 2010 até agora. Vimos a necessidade de fazer algo que se diferenciasse, de alguma forma", conta o vocalista Dinho Ouro Preto, também compositor de todas as canções ao lado de diferentes parceiros musicais. A faixa que dá título ao disco convida a população para sair às ruas, com a participação do grupo de rap ConeCrewDiretoria. Os versos fazem alusão aos protestos de junho de 2013, que ocorreram por todo o Brasil. "O material que eu escrevi acabou, de certo modo, trazendo essa referência ao que aconteceu no país, já que foi um momento histórico. Mas o título do álbum fala de uma revolução da banda também, em busca de um nova sonoridade", diz Dinho. As demais faixas, como "Não Tenho Nome" e "Bom Dia Mundo Cruel", têm a marca já aguardada pelos fãs do Capital, que surgiu nos anos 1980. Mas Dinho insiste que é possível perceber uma renovação. "Esse disco tem produção do Liminha. Nós só trabalhamos com ele em 1985, para fazer duas músicas ["Descendo o Rio Nilo" e "Leve Desespero"]. Depois disso, mais nada. Naquela época, éramos muito inexperientes", afirma o cantor, que diz ter tirado muito mais proveito dessa parceria com o produtor agora. "Trouxemos novos artistas para todo o processo do disco e para a turnê. Até o fotógrafo mudou", explica Dinho. PARCERIAS Além dos rappers do ConeCrew, o CD tem a participação do músico Thiago Castanho, ex-guitarrista da banda Charlie Brown Jr., na faixa "Coração Vazio". "Já tinha pensado em participações para soar diferente. Convidei o pessoal do Cone porque adoro a atitude anárquica deles. Quanto ao Thiago, é um amigo de longa data e andava abatido por tudo o que passou nos últimos tempos. O Chorão foi muito importante, mas ele é um instrumentista de cair o queixo e precisa ser lembrado." Fonte: